segunda-feira, 22 de junho de 2015

"Viajar é o teu destino"

Sim, claro! mas...

Não! Não digas mais mas! 
Encolhe, escolhe outras palavras, digo-me. Digo-te.

Muda-as, transforma-as. E vai. Viaja. Dentro ou fora de ti.
"Viajar é o teu destino".

Aos pontos cardeais alma, espírito e corpo foi-lhe dada uma missão:
-preparar uma pequena mala, entrar num vagão e seguir as várias estações e nelas se alimentar. Sem se deixar limitar por marcos geodésicos. Digo-me eu. Digo-te.
Faz paragens e conhece o vagão bar, o vagão restaurante, o vagão aventura. O vagão criatividade, o vagão cultura.
Pára e aprende no vagão compaixão, no vagão bondade, no vagão esperança, no vagão dos sonhos.
Senta-te e desfruta no vagão alegria, no vagão amizade, no vagão família, no vagão entusiasmo, no vagão encantamento, no vagão danceteria.
Desliza sem te fixares, quando encontrares o vagão maldade, o vagão medo, o vagão sofrimento, o vagão dor, no vagão vingança.
Fica com tempo no vagão experiência, no vagão conhecimento, no vagão espera, no vagão crescimento,no vagão da curiosidade, no vagão aventura, no vagão amor.
Por vezes muito rápido, outras alturas de marcha mais lenta e noutras ainda parado, o comboio vai avançando sem se esquecer do destino final. Com horário para o resgate. 
Digo-me. Digo-te.

Por isso não te atrases, não digas mas...
digo-me,digo-te.

Digo-me...
Ao longo das viagens necessito ir fazendo um diário de bordo, colocando os marcos das etapas. 
Saber em que ponto me encontro com a intenção de mim não me perder.
De ver a paisagem que em mim se adentra e me esculpe sabendo que os vagões não acabam, sempre envoltos em sombras e luz.

No último vagão, o de partida, ou de chegada quem saberá? apenas quererei a viagem saudar: sim, esta foi a viagem que sempre quis realizar. 
Estes foram os vagões que consegui visitar, onde quis aprender,onde quis estar,onde deveria estar, onde pude inteira ser.
Digo-me...
digo-te...


Basta!

Basta!
Janelas escancaradas num olhar de solidariedade sobre a Grécia. 
O povo escolheu um programa Humanitário e elegeu homens e mulheres que olhassem por eles. 
Que os olhasse como gente e não como manta de retalhos que podem ser transaccionados.
Esses que têm o poder em nome de quem os elegeu, e o estão a dignificar, em nome de quem já reafirmou nas ruas o seu apoio, sairão vencedores hoje na Europa. A outros chegará (tardiamente) o tempo de cair, mas chegará.
Têm o apoio de todos excepto de uma certa cambada dos quais me demarco...
Porque é do Renascimento do Humanismo que a Europa precisa.O mundo inteiro.
E se o povo português não se sentir parte da família grega,ao lado de um programa humanitário, certamente se ficará no lugar infernal da Odisseia de Homero. E é um caso de estudo...
Este é um momento de guerra pela paz e de tomar partido num dos  defesa da vida.
Sou capital transnacional. Sou cidadã multinacional. Sou grega

quinta-feira, 18 de junho de 2015

A chama que tempera o aço...

Dedicado a todos os que por tudo e por nada rompem e temperam as chamas

Nós e o amor...
o último é suficiente para o primeiro
um substantivo que enriquece um pronome

O amor é bem mais rico que nós 
é riqueza tamanha
que nos laça

mesmo que a pele se toque por um curto espaço de tempo 
para se reconhecer
que poucas sejam as palavras
para se entender
que curta seja a demora em nós
para se mostrar 
aos olhos que de dentro cuidadosamente nos observam
e se fazer ver

porém suficiente 
para se transformar 
substantivamente
em senhor pronome rico e poderoso,
dono de tudo quanto existe
em nós

Para ele nós criamos 
Por ele nós transformamos
para com ele sermos
seres felizes
com os seus raios rompemos o aço
com ele nos temperamos 
no momento que escolhemos para cada um de nós 
a curta passagem pela mortalidade
este lugar onde pronome e substantivo
se infinitam

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Mais uma viagem, mais um regresso

E é isto. Não é filosofia em saldo comprada no Bulhão.
Nem é a adesão ao Vem. A esse só adiro por pura subversão.
Nem tão pouco por prostituição,
que não me vendo nem por dinheiro nem por distracção.
Como patos que seguem a corrente da água do rio em beleza e elegância,
sob a superfície os seus pézinhos nadam incessantemente,
remam e direccionam a sua vida com força e determinação
A vida não a compreendo
nem ela me oferece explicações
desdenhosa ignorando as minhas questões
Mas se nela não pensar e apenas bater os pés e remar
deslizando sobre a água vou acontecendo na vida dela
e o seu véu vai destapando.
Há muito que decidi: se as empresas podem ser multinacionais, eu sou um passaporte com raízes em direcção a todos os pontos cardeais, por debaixo do chão que cobre as fronteiras dos homens.
Sou uma cidadã multinacional.
Agora vim.
Para o chão onde sempre começo e acabo. Nadando furiosa e incessantemente sob a água e deslizando sobre a vida.
Obrigada aos amigos novos que deixei (tot ziens).
Obrigada aos que me acolhem sempre oferecendo cama mesa e roupa lavada.
Vêmo-nos por aí ou quem sabe... em Antananarivo tongue emoticon
Vou, só para chatear, continuar a viver "to the point of tears".