quarta-feira, 8 de abril de 2015

rEflexões

Incondicionalmente condicionado?
Como no olhar de uma criança sem idade
que é feliz
é minha obrigação
ser feliz por ser quem sou
cortando as correntes que me prendem
às circunstâncias que não me deixam ser
feliz por ser eu
no 






“It feels so good to go someplace. 
Except when you want to stay right there where you are.”- Exposição no MoMa
de Maira Kalman and Daniel Handler
Morremos (literalmente) quando estamos a tentar ir ou ficar nalgum lugar?
Ou morremos (metaforicamente) se nem um nem outro experimentar?
Então porquê tentar sequer ir ou ficar?
Porque a vida me vai encontrar.
Esteja eu na viagem de barriga para o ar a boiar,
ou de barriga para baixo a nadar.caminho por onde vou

domingo, 5 de abril de 2015

Guiné-Bissau com amor

O amor faz-me o que lhe faço
alimenta-me
eu a ele, ele a eu
sem ele não posso ser eu
porque ele é o que sou,
nem nada ver
nem de nada ter
tê-lo e ser seu
é assim um tanto de querer
Ele toma posse
terra,horizonte,mar
sob a forma de gente,
ilha,imagem, lar,
alimenta-me de um olhar
veste-me de um suspiro
é flecha é lança
é linha é pião
rodopia-me na sua mágica dança
despe-me de modéstia
recolhe-me a desesperança
bebe-me de inspiração,
ouve-me no silêncio a desejar
como se nunca me tivesse esquecido
manga verde, cajú, batuque
ostra, peixe seco, dendém
tabanka, ritmo de ancas, pilão.
Saudade estranha esta que me invade
em momentos de lúcidos sonhos
em noites de lua nua,
da terra desconhecida,
que do seu ventre me fez dádiva sua,
e numa oração,prece,reza divina
fazer um feitiço
para regressar ao amor
onde o

meu umbigo
enterrado ficou
sem sacrifício nem dor
como um dia fui para ela,
apenas prazer,
e no seu ventre de novo
de amor renascer